O Brasil perdeu 94.724 vagas de trabalho com carteira assinada em julho. O resultado é pior do que o registrado em junho (-91.032), mas melhor do que o de julho do ano passado (-157.905). Foi o 16º mês seguido em que o Brasil teve corte de vagas.
De janeiro a julho, o país perdeu 623.520 postos com carteira assinada. No acumulado em 12 meses, são 1,71 milhão de vagas a menos.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (25).
O dado considera o saldo de vagas, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. Em julho, foram 1.168.011 contratações e 1.262.735 demissões.
Está melhorando, diz ministro
O resultado de julho foi pior do que o esperado por analistas. Pesquisa da agência de notícias Reuters indicava a perda de 88 mil empregos no mês passado.
Por outro lado, o número (-94.724) mostra desaceleração quando comparado ajulho de 2015 (-157.905). Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, isso demonstra uma recuperação gradual da economia.
Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre.
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil tinha, em média, 11,6 milhões desempregados no segundo trimestre de 2016.
Fonte: UOL