9/17/2013

Governo mente sobre multa do FGTS para tentar cumprir meta fiscal

Dilma diz que arrecadação com multa é necessária para o Minha Casa Minha Vida; porém, programa social não viu nem sinal desse dinheiro

Para rebater o discurso do governo de que a multa adicional de 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em demissões sem justa causa é necessária para manter em andamento o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, representantes do setor empresarial têm usado dados do próprio Fundo para mostrar que o Tesouro vem se apropriando de forma indevida dos recursos.
Até o mês de junho, o FGTS tinha de receber do Tesouro 4,4 bilhões de reais relativos à multa adicional e outros 4 bilhões de reais por antecipações no âmbito do programa habitacional.
O veto da presidente Dilma Rousseff ao fim da cobrança adicional, que é paga pelo empregador mas não vai para o trabalhador, deve ser votado pelo Congresso Nacional nesta terça-feira. O Executivo deve encaminhar antes da votação um projeto alternativo propondo reverter os recursos da multa adicional para o trabalhador. O valor, porém, só seria recebido por quem for demitido de forma imotivada no ato da aposentadoria. Beneficiários do Minha Casa, Minha Vida ficariam de fora, segundo o texto.
O embate entre governo e empresários sobre o tema acontece há mais de um ano. Criada para cobrir um rombo referente a perdas inflacionárias com planos econômicos, a contribuição atingiu seu objetivo em junho de 2012. Dois meses depois, o Senado aprovou o fim da multa de forma unânime e a Câmara referendou a medida em julho deste ano.
A presidente Dilma, por sua vez, vetou a proposta afirmando que precisa dos recursos para levar adiante o programa que é uma das marcas de sua administração. Em 2013, a multa adicional deve render 3,2 bilhões de reais em arrecadação.
Lobby empresarial - Os empresários reforçaram o lobby no Congresso para derrubar a decisão de Dilma. Eles afirmam que o discurso do governo de utilização dos recursos no Minha Casa Minha Vida não se sustenta.
Balanço do FGTS relativo a junho mostra que, além de o Fundo ser superavitário e ter recursos próprios para custear programas, mesmo sem a multa de 10%, o Tesouro tem uma dívida considerável para cobrir.
Somente em relação à multa adicional, o Tesouro deve 4,4 bilhões de reais ao FGTS - dinheiro que recebeu mas não repassou para o fundo. Desde 2012, valendo-se de uma brecha na legislação, o Tesouro vem represando o dinheiro destinado do Fundo e não deu qualquer prazo para o pagamento. As empresas, dizem, portanto, que os recursos da multa têm tido destino diferente da área de habitação e que, por essa razão, não há justificativa para que a multa se mantenha.
O argumento de prioridade ao programa habitacional é questionado ainda pelo fato de o próprio FGTS ter colocado 4 bilhões de reais no Minha Casa Minha Vida. Esse dinheiro deveria ter vindo do Tesouro, mas não foi repassado.
Além disso, o Tesouro tampouco deu ressarcimento ao Fundo pelo subsídio da ordem de 18% para bancar famílias carentes que aderiram ao programa habitacional. Segundo a regra do Minha Casa Minha Vida, o FGTS financiaria o imóvel subsidiado, arcaria com 82% dos subsídios e a União seria responsável por bancar 18%. Mas isso nunca aconteceu.
A constatação de desvio de finalidade na aplicação dos recursos, porém, não deve sensibilizar o Congresso, que tende a manter o veto. No Senado, principalmente, há o discurso de que não seria correto retirar de uma hora para a outra 3,2 bilhões de reais dos cofres públicos.
Para ampliar os argumentos de parlamentares governistas, o Planalto preparou uma proposta para que os recursos arrecadados agora com a multa possam ser revertidos no futuro para os trabalhadores. Procurado, o Ministério da Fazenda não se pronunciou. 
Meta fiscal - A manobra que penaliza o FGTS soma-se às inúmeras artimanhas usadas pelo Ministério da Fazenda - e pelo Tesouro Nacional, que deveria estar submetido à pasta, mas ganhou poderes inclusive maiores que o do ministro Guido Mantega - para conseguir cumprir a meta fiscal em 2013. 
Depois de uma extensa e ineficaz política de desonerações que reduziu a arrecadação, além da desaceleração econômica e da política expansionista, o governo lançou mão de mais de uma dezena de medidas para tentar cumprir a meta de superávit (a economia feita para o pagamento da dívida) de 110,9 bilhões de reais neste ano. A meta, no início de 2013, era de 3,1% do PIB. No final do primeiro semestre, caiu para 2,3%. E, atualmente, há rumores de que o governo trabalhe com uma meta não-oficial de 2%. O mercado, por sua vez, é muito mais cético: não acredita que a economia deva superar 1,5% da geração de riqueza do país.
Desta forma, o Tesouro tem buscado maneiras controversas de represar recursos ou emitir títulos para garantir, pelo menos na comprovação contábil, que algum esforço fiscal foi efetuado. A intenção é tentar recuperar a credibilidade das contas públicas do Brasil. Mas a estratégia está bem longe de dar resultados.
Fonte: Veja

Receita Federal lança programa de autorregularização para o Simples Nacional


Começou a funcionar a partir de segunda-feira (16/09) o programa Alerta Simples Nacional. Com o novo sistema, os contribuintes optantes ao acessarem o Portal do Simples Nacional receberão um alerta da fiscalização, informando a existência de inconsistências entre os dados declarados ao Fisco e aqueles obtidos ou coletados pela Receita Federal do Brasil e/ou Secretarias Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal. O programa Alerta Simples Nacional consiste na oportunidade de autorregularização para que os contribuintes optantes do Simples Nacional possam corrigir erros de preenchimento nas declarações e na apuração de tributos, antes do início de procedimento formal de fiscalização.
Hoje, mais de 3.404.735 contribuintes entregam declaração como optantes do Simples. O Portal do Simples Nacional é acessado todos os meses pelos contribuintes pois por meio dele os contribuintes emitem Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DASN). A estratégia do Alerta Simples Nacional segue a mesma premissa utilizada e consagrada na Malha Pessoa Física, isto é, a partir de uma parametrização técnica e divulgação dos indícios (os quais podem ser afastados por prova sobre a inexistência da infração), permitir que os contribuintes possam fazer uso da autorregularização, evitando a instauração de procedimentos de fiscalização para cobrança do tributo, com a consequente aplicação de multa de ofício (75% a 225%).

Na primeira fase, o Alerta Simples Nacional irá se referir a indícios de omissão de receitas auferidas em 2010, decorrentes dos repasses recebidos das administradoras de cartão de crédito, informados à Receita Federal via Decred, e a vendas efetuadas ao Governo Federal, cujos dados foram obtidos via Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
Nessa fase serão emitidos 29 mil alertas:
Cruzamento
DASN – Receita Bruta
Valor informado por terceiros
Diferença
SiafiR$ 317.669.435,54R$ 853.676.374,79
R$ 622.957.301,06Decred
R$ 4.302.057.133,25R$ 9.298.548.484,15R$ 5.363.242.449,88Total – Alerta 1
R$ 4.619.726.568,79R$ 10.152.224.858,94R$ 5.986.199.750,94

Média de diferença:
a) Siafi: R$ 490.904,10
b) Decred: R$ 198.234,80
c) Média dos dois indícios: R$ 213.592,33
O resultado do cruzamento das informações com os valores declarados ficará disponível no Portal do Simples Nacional por prazo não inferior ao necessário para que o contribuinte tenha a oportunidade de verificar a existência dos indícios em pelo menos duas oportunidades, visto que mensalmente os optantes ingressam no Portal para emissão do DASN.
O contribuinte que não se autorregularizar será objeto de análise pela área de seleção de sujeitos passivos para, em sendo o caso, incluí-lo para futura execução de procedimento fiscal, que poderá ser executado pela Receita Federal, Secretaria de Fazenda Estadual ou Municipal.
Importante registrar que o Alerta:
1º Não altera a condições de espontaneidade do contribuinte para promover a retificação das declarações prestadas ao Fisco;
2º Não atesta a regularidade fiscal para os contribuintes que não receberem a comunicação; e
3º Não restringe a hipótese de autorregularização apenas aos contribuintes que receberam a comunicação da Receita Federal.
A autorregularização, pela retificação das declarações apresentadas ao Fisco e sem a aplicação de multa de ofício, pode ser realizada pelo contribuinte enquanto não iniciado procedimento fiscal.
Em relação aos Programas ora iniciados, a Receita Federal informa que os procedimentos de fiscalização terão início a partir do dia 1º de dezembro de 2013.
Essa iniciativa proporciona maior transparência na relação Fisco/Contribuinte, e tem origem na experiência exitosa da Malha de Pessoa Física, procedimento por intermédio do qual, anualmente, cerca de 500 mil contribuintes se autorregularizam, evitando-se milhares de autuações e as consequentes discussões no contencioso administrativo e judicial, com benefício para toda a sociedade. Essa iniciativa também visa a um processo contínuo de orientação ao contribuinte, de forma que o mesmo possa cumprir com maior exatidão suas obrigações tributárias.
Consulte aqui o Portal do Simples Nacional http://www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional.
Fonte: Receita Federal

9/06/2013

Oportunidade de emprego para Gerente do Setor de Pessoal


A empresa Nivelle está selecionando profissional para a vaga de Gerente do Setor de Pessoal. O interessado deve ter: 
  • graduação em Ciências Contábeis; 
  • experiência em firmulação da folha de pagamento, processos de admissão/demissõ, homologações; 
  • Conectividade social/ GFIP-SEFIP/ Certificado digital;
  • RAIS, CAGED, DIRF;
  • Bons conhecimentos do pacote Office e Windows.
Os interessados terão acesso a plano de saúde e alimentação. Os currículos devem enviar o currículo dpoportunidadesdp@yahoo.com.br. 

Fonte: CRC

9/04/2013

Receita Federal permite prazo extra para entrar no eSocial


A Receita Federal poupou as micro e pequenas empresas e esticou o prazo para que o segmento comece a operar o eSocial, o módulo mais complexo do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que vai abranger a folha de pagamentos e todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias.

As empresas inscritas nos regimes do Simples Nacional e lucro presumido terão até o mês de setembro do próximo ano para fazer o cadastramento inicial no sistema. O novo cronograma foi divulgado pela Receita durante a 1ª Conferência eSocial, realizada pela Thomson Reuters, em parceria com o Sescon e Fenacon.

"Essa nova forma de prestar informações ao fisco certamente vai trazer transparência, mas também muitas dificuldades pela diversidade empresarial no Brasil", afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Sergio Approbato Machado.

Os profissionais da contabilidade são peças-chave no processo de entendimento da nova ferramenta, mas não são os únicos. Desta vez, diferentemente do que ocorre com os outros módulos do Sped, a participação da alta gestão das empresas é imprescindível. Em outras palavras, as empresas, que são as principais fontes das informações enviadas eletronicamente ao fisco, deverão investir em treinamento, conscientização e gestão eficiente para evitar problemas futuros.

Guardadas as devidas proporções, lidar com o eSocial é como preencher uma declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, em que informações desencontradas podem acionar o sinal amarelo da Receita. Sim, com e eSocial, todas as empresas brasileiras estarão sujeitas à malha fina, um importante filtro que pega tanto erros cometidos de forma involuntária como as fraudes para evitar o pagamento de tributos. " Com a ferramenta, o empresário desorganizado será forçado a organizar as informações sobre os seus funcionários e colaboradores. E aquele que age de má fá para pagar menos tributos vai pensar duas vezes", alertou o coordenador de sistema de atividade fiscal da Receita Federal, Daniel Belmiro.

De acordo com ele, a implantação do eSocial, que trata das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, evidencia uma nova premissa do fisco: aumentar a arrecadação por meio da transparência e controle, em vez de criar tributos ou aumentar alíquotas dos já existentes. "O aumento da receita tributária será um efeito colateral da ferramenta, mas não é o objetivo central do governo".

Durante o evento, Belmiro destacou as vantagens para as empresas e, principalmente, para os trabalhadores. Hoje, o profissional da contabilidade entrega a mesma informação, em diversas abordagens, para diferentes plataformas, o que aumenta a possibilidade de erros, além de gerar redundância de dados. "O eSocial é uma nova forma de registro das obrigações já existentes que reduz o custo operacional, simplifica e padroniza a entrega da informação", explica. A GFIP, exigida das empresas desde 1999, será a primeira obrigação acessória em papel extinta com o eSocial. Outras obrigações cairão, como a DCTF.

Empresas não fizeram a lição de casa

Uma pesquisa feita pela Thomson Reuters com duas mil empresas mostra que 70% das companhias brasileiras não iniciaram projetos internos para se adequar às regras do eSocial, o braço mais complexo do Sistema Público de Escrituração digital (Sped), que vai entrar em operação no próximo ano, inicialmente para as empresas do lucro real. De acordo com o levantamento, das 30% de empresas restantes, apenas um quarto afirma possuir um projeto em andamento.

O assunto ainda é cercado de dúvidas. Uma enquete informal realizada durante a 1ª Conferência do eSocial, realizada pela Thomson Reuters, com quase mil participantes, mostrou que a integração dos dados de diversas origens dentro da empresa é a principal preocupação envolvendo o eSocial para 61% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparece a qualidade do conteúdo da informação, com 21%. 

Para o diretor de negócios de Software da unidade de Tax & Accounting da Thomson Reuters, Marcos Bragantim, o resultado da pesquisa mostra a necessidade de um processo de governança e compliance integrado para que as empresas não deleguem a responsabilidade pelas informações a apenas uma área da companhia.

Para os participantes, entretanto, o departamento de RH deve se responsabilizar pela centralização das informações que serão enviadas. Essa área foi citada por 82% dos entrevistados no evento, seguida do escritório de contabilidade, com 7%. Na visão dos especialistas que tiveram acesso ao funcionamento do sistema, a escolha do departamento é o que menos importa. O ideal é que a comunicação entre as áreas da empresa funcione, evitando informações desencontradas.

De acordo com Victoria Sanches, gerente da unidade de negócios da Thomson Reuters, participante do grupo de trabalho que trata do eSocial, são ao todo 44 tipos de eventos que deverão ser informados pela empresa, divididos em três grupos: iniciais, aleatórios e mensais.

O coordenador de Sistemas de Atividade Fiscal da Receita Federal, Daniel Belmiro, explicou que as empresas devem ficar atentas às "informações mais sensíveis", que podem impedir um trabalhador de receber algum direito. A admissão, por exemplo, deverá ser registrada o mais rapidamente possível, de preferência no momento da contratação. "Imaginem um trabalhador que foi contratado pela manhã, mas sofre um acidente de trabalho no período da tarde. Se a informação não chegar a tempo, ele terá dificuldade para receber seus direitos".

Empregadores domésticos e microempreendedores individuais ganharão um módulo simplificado do eSocial, que gera no próprio sistema o recibo de salário e a guia de recolhimento do imposto.

Fonte: CRC-RN

Oportunidade de emprego



A empresa Dimensão Contábil está com vaga aberta para a função de contador. O interessado deve ter experiência na área de contabilidade. O currículo deve ser enviado para o e-mail dimensao@dimensaocontabil.com.br. 
Comunicação CRC/RN - 02/09/2013

Sindcont/RN promove curso sobre demonstrações contábeis


O Sindicato dos Contabilistas do Rio Grande do Norte realiza o curso Demonstrações Contábeis Atualizada pela Nova Lei. A capacitação acontece nos dias 18 e 19 de setembro, das 19h às 22h, no auditório do Sindcont/RN, e terá como instrutor o Auditor Fiscal da Receita Federal, Claudionor Nogueira. 

Dentro da conteúdo programático, serão abordados os seguintes tópicos:
  • Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76, atualizada pela Lei 11.638/2007;
  • Demonstrações Contábeis na visão da CVM, do CFC, da RFB e IFRS;
  • Demonstrações Contábeis para Pequenas e Médias Empresas;
  • Fluxos de Caixa;
  • Notas Explicativas;
  • Ajustes de Avaliação Patrimonial;
  • Instrumentos Financeiros e Teste de Recuperabilidade
O valor do investimento é de R$90 para sócios e R$150 para não-sócios. Outras informações podem ser obtidas através do telefone 3222 4170 ou pelo e-mail sindcontrn@oi.com.br.
Fonte: CRC-RN