2/28/2013

Tributação municipal de Caicó despreparo ou má vontade?


    É revoltante o que ocorre na tributação municipal de Caicó, muitas vezes solicitamos uma Certidão Negativa de Débitos e essa certidão é negada mesmo a empresa estando sem débitos, quando chegamos na referida tributação eles (os fiscais) alegam que não foi liberado porque a empresa passou algum mês sem o recolhimento do ISS, então nós (contadores) explicamos que a empresa não teve prestação de serviço naquele período e portando não teve recolhimento de ISS. Para comprovar tal situação mostramos os talões de serviço sem emissão de documento fiscal no período. 
O funcionário da tributação mesmo vendo o talão de serviço ai diz que só libera a CND após a presença do empresário naquela repartição. 
E quando o empresário chega lá a fiscal pergunta: "Você prestou serviço nesse período?" 
O empresário responde: "Não".

Só assim é liberada a CND. Será que a palavra do empresário vale mais que o documento fiscal? 
Eles (Os funcionários da tributação municipal) acham que os empresários não term o que fazer? 
É incompetência ou má vontade?

2/27/2013

Homenagem a turma concluinte de Contábeis, Intangíveis da Contabilidade


Esse cordel, fiz em homenagem a meu alunos da turma concluinte Intangíveis da Contabilidade.

Aula da saudade 2013

O ano de 2008 foi um ano de realização
Vocês entraram na UFRN buscando uma formação
E quando chegaram lá encontraram muito mais
Encontraram sabedoria, companheirismo, divergências
Mestres dedicados e um monte de amigos legais
No inicio tudo era novo, bonito e empolgante
Mas com o tempo o que é novo fica velho e também desestimulante

Apareceram provas, exigências, monografia, muitas dificuldades
É nesse momento que você descobre que está na faculdade
E precisa da ajuda externa e de muita compreensão
Então vocês recorrem a Deus, a família, aos colegas, ao amigo e irmão
Aquelas pessoas mais próximas que nunca te deixaram na mão
Com ajuda dessas pessoas e de todos os professores
Até os alunos ruins se transformam em doutores.

A faculdade é como uma viagem
Onde você embarca com pouco e sai com uma grande bagagem
É como uma Viagem de trem que inicia-se na estação
Nessa viagem com embarques e desembarques
Amigos ficam pelo caminho ou vão para outro vagão
Mas esses colegas que ficaram vocês não devem desmerecer
Porque algum dia, em outra estação, ele vai encontrar com você

Durante o tempo de faculdade muita água já rolou
Teve muitas lembranças que essa turma marcou
Vou começar por André que um dia escandalizou
No sítio do minhocão uma cana grande tomou
Esse é menino bom, mas dizem que é cachaceiro
Gosta de tomar birita, bebe muito o ano inteiro

Em toda turma tem de tudo e não falta o aluno colão
É o caso de Alex o garoto enrolão
Pensando que era esperto
Foi colar na prova de Celso
Colocou um moi de papel em baixo de sua prova
E ainda chamou Celso para bater um pouco de prosa
Mas o baixinho invocado pediu pra ver à avaliação
Então Alex deu de garra, e disse logo: “Dou não!”
Foi aquele puxa-puxa até que Celso tomou
E o plano do malandro, que era perfeito falhou

Na faculdade todos conhecem o famoso bar do CU
É e cantinho universitário conhecido de Norte a Sul
Izabel conhece bem esse famoso bar
Pois tomou uma tão grande que quase não sai de lá
Conhecida por badalo, isso não sei porque
Sei que uma aula de goodwill ninguém pode esquecer
Ela toda enrolada, perguntou sem saber nada, se Goodwill ia morrer

Lembrem da amiga Cleinha o mascote dessa turma
Ela foi pro bar do CU e tomou cachaça pura
Todo bebo fica rico, disso ninguém duvida
Mas ela brindava dinheiro dizendo que estava rica

Como é aula da saudade, isso é pra relembrar
De quem não falei ainda eu agora vou falar
Vou começar por Ana Paula, a garota é genuína
É uma peça rara que não se encontra em toda esquina
Tem também Ariclenis, êta caba namorador
Mas isso foi a muito tempo, na época do meu avó
Hoje ele é manicaca
Pois seu tempo passo

Tem Bruna que era calada
Mas de quieta não tinha nada
Tem também Bruno Roberto, esse era um artista
Não assistia quase aula era metido a turista

E o Carlos Roberto, só podia ter promoção
Pois o celular do rapaz nunca parava não
Ate um apelido esse menino ganho
Não era mais Carlos Roberto era o Chocoligador

Agora eu falarei de quem eu conheço bem
Do amigo Daniel e de Daniele também
Esses dois me dão trabalho fora da faculdade
Por isso os cabelos brancos apesar da pouca idade
Daniel é um aluno, que ler muito, de verdade
Na sua biblioteca só não tem contabilidade
Daniele, estudiosa é quietinha isso vocês podem ver
Mas é um desastre ambulante basta ela se mexer

Me disseram que nessa turma tinha um aluno ocioso
Esse era Erick Vinícios: Êta caba preguiçoso!
Fernanda Dantas a galega de Currais
Ela é muito animada mas faz zuada de mais

Desse caba vou falar pouco pois ele é dos caba brabo
Ele veio de São Bento atirando até no Diabo
É o amigo Felipe do grupo de Lampião
Eu vou ficar bem quietinho, dele não falo mais não

Na turma tem um artista que esta no rol da fama
E o grande Fred Mercury que enrola mais não canta
Na turma tem presidente eleita por votação
É Hortência a crânio chefe, que arrasta multidão
Toda turma tem um crânio isso é realidade
Mas essa turma tinha um grupo, grupo crânio de verdade.

Josefa Regina, se ela eu fosse descrever
Bastava ficar calado que dava pra entender
E João Paulo o estudante Policial
Ele é estudioso, dele não vou falar mal
Vai que ele saca o revolve e começa a atirar
Para eu não levar um tiro é melhor eu me calar

Toda turma tem um bicho, aquele de estimação
Nessa turma de contábeis é JJ o Cachorrão
Todo mundo tem um sonho e deseja realizar
Olhe a baixinha invocada que vive sonhando casar
Cristina não seja besta, não deixe o caba escapar

Dessa eu tenho medo, é mulher opiniosa
Ela é muito braba, chega até a ser teimosa
Nas aulas não acertava meu nome, sempre dizia errado
Me chamava de Antônio em vez de chamar de Ricardo
Essa é a amiga Gloria que fala pelos cotovelos
E se agoniar o juízo você vai ver o desmantelo

Tem gente que gosta de escrever
Mas igual à Marilia ainda tá pra nascer
Na aula prestava sempre muita atenção
Copiava tudo era cheia de anotação

Poliana, era aluna metódica e perfeccionista
Procurando a perfeição, pra ser capa de revista
Pryscila a nossa grande contabilista,
Atenta dedicada e também capitalista
Raquel, quietinha, só um pouco encabulada
Pra apresentar seminário quase que não falava

Renata, essa é espontânea doa a quem doer
Diz na cara, nada consegue esconder
Taynar menina legal e também inteligente
Vive nas telas de cinema e não dar autografo a gente

Victor Ramon era o cara da malhação
Qualquer vacilo na turma tava feita a gozação
Walquiria, essa fala de mais
Quando começa a falar ela não para jamais
E o grande Yure, CDF, sua vida era estudar
Agora que acabou a faculdade ele vai é namorar

Vocês acabaram mais uma caminhada
Mas lembrem-se não é o fim
E o início de uma grande jornada
Em outra viagem de trem agora vão embarcar
Vão traçar novas metas e objetivos para alcançar
Agora chegou a hora, a hora de trabalhar

Vão colocar em pratica todo o conhecimento
E eu vou expor aqui um pouco de sentimento
Não tive a oportunidade de a todos ensinar
Mas é um prazer enorme está aqui a falar
Dizem que a primeira vez todos guardam a recordação
Concordo com o ditado e de vocês não esqueço não
Essa aula da saudade guardarei no coração
Essa turma é a grande Intangível da contabilidade
Finalizo minhas palavras com o peito cheio de saudade.

Assinado: Cordel Encantado

2/15/2013

Diferença salarial entre homens e mulheres chega a 68%

Pesquisa do Data Popular aponta que disparidade entre rendimentos aumenta conforme cresce o grau de instrução.


   A disparidade salarial entre homens e mulheres – quando avaliados o mesmo grau de instrução de ambos os sexos – continua sendo uma realidade no País. É o que aponta um estudo realizado pelo Data Popular e o Instituto Feminista SOS Corpo, intitulado "Trabalho Remunerado e Trabalho Doméstico – Uma Tensão Permanente", que ouviu 800 mulheres entre 18 e 64 anos de nove capitais brasileiras, incluindo Curitiba. O estudo aponta, através de dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que a diferença na remuneração média entre os gêneros que estudaram o mesmo período é, em média, de 44,43%, podendo atingir 68,91%. Um detalhe importante: salvo algumas exceções, quanto maior o grau de instrução, maior é a disparidade entre os salários.

   Entre aqueles com ensino médio completo, por exemplo, o homem tem salário médio de R$ 1.571 e a mulher de R$ 1.144 – diferença de R$ 467 ou 42,30%. No caso do ensino superior incompleto, a discrepância é ainda maior: homens (R$ 2.463) e mulheres (R$ 1.629), variação de R$ 834 ou 51,19%. Já com o ensino superior completo, o abismo salarial é maior, com os homens faturando R$ 5.417 e as mulheres apenas R$ 3.207, o que fecha uma diferença de R$ 2.210, incríveis 68,91% (veja o gráfico).

Para uma das pesquisadoras do levantamento, que atua no SOS Corpo, Verônica Ferreira, são três diferentes fatores que explicam esta diferença salarial. O primeiro deles, é que nesta divisão sexual do trabalho, os postos de mais baixo rendimento são ocupados pelas mulheres no País. "Há uma divisão sexual tanto no trabalho remunerado como no doméstico. Portanto, quando há um aumento da escolaridade das mulheres, a discriminação acaba sendo flagrante", avalia.

   Outro ponto, segundo a pesquisadora, é que em postos de trabalho em que a maioria é homem, mesmo com curso superior, as mulheres acabam tendo rendimentos menores. Por fim, a dupla jornada de trabalho, que inclui, muitas vezes, cuidar dos filhos, faz com que as mulheres possam ser deixadas de lado no caso de promoções nas empresas. "A maternidade pode repercutir de forma negativa nas carreiras. É mais difícil uma mulher ser promovida se ela não puder viajar, ficar muito tempo fora de casa. A demanda de trabalho da vida familiar acaba limitando muitas possibilidades no mercado de trabalho", salienta Verônica.

  Na pesquisa, inclusive, quando questionadas se "as mulheres sempre ganham menos do que os homens", 63% concordaram com a afirmação. Já entre as mulheres da classe D, que representaram 59% das entrevistadas, 71% concordaram com tal afirmativa. Mesmo ganhando menos, 35% das entrevistadas disseram que trabalham mais que a jornada formal de trabalho (horas extras), 42% atuam entre 1h01 a 2h a mais do que a jornada e 18% de 3h01 a 4h a mais.

Fonte: Folhaweb

Prorrogado recolhimento de ICMS, entrega da GIM e SPED Fiscal de janeiro


DECRETO Nº 23.245, DE 08 DE FEVEREIRO DE 2013.


Dispõe sobre prorrogação de prazos para cumprimento de obrigações acessórias e recolhimento do ICMS, nas hipóteses que indica.


A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso das atribuições que lhe confere o art. 64, inciso V, da Constituição Estadual,

Considerando a ocorrência de feriados relativos ao carnaval;

Considerando a necessidade de adequar os prazos referentes ao recolhimento do ICMS declarado na Guia Informativa Mensal do ICMS (GIM) e ao cumprimento de obrigações acessórias,


D E C R E T A:


Art. 1º Excepcionalmente, o recolhimento do ICMS declarado na Guia Informativa Mensal do ICMS (GIM) referente ao mês de janeiro de 2013, com vencimento em 15 de fevereiro de 2013, poderá ser efetuado sem acréscimos até 20 de fevereiro do corrente ano.

Art. 2º A Guia Informativa Mensal do ICMS (GIM), o arquivo da Escrituração Fiscal Digital e o arquivo magnético a que se refere o art. 631, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 13.640, de 13 de novembro de 1997, relativos às operações e prestações realizadas no mês de janeiro de 2013, poderão ser enviados até 20 de fevereiro de 2013.

Art. 3° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 08 de fevereiro de 2013, 192º da Independência e 125º da República.

ROSALBA CIARLINI
José Airton da Silva 

2/01/2013

Contadores estão entre os profissionais com mais risco de estresse e depressão


Grande responsabilidade que esses profissionais precisam ter com as finanças dos clientes, onde uma única vírgula pode gerar grandes distorções, é um dos principais motivos para o surgimento de transtornos.

O estresse e as enfermidades psicológicas estão cada vez mais presentes na vida de trabalhadores mundo afora. Somente no Brasil, o número de afastamentos por este tipo de doenças saltou de 612, em 2006, para 12,3 mil em 2011, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Apesar de haver fatores alheios ao universo do trabalho que influenciam para o desenvolvimento dessas ocorrências, o cotidiano profissional também pode favorecer o seu surgimento. E, nesse contexto, atividades técnicas, como a dos contadores, estão ainda mais expostas a distúrbios psíquicos e suas consequências.
Em outubro do ano passado, a revista norte-americana Health elencou, em seu site, as dez profissões mais propícias ao aparecimento da depressão. Contadores e consultores financeiros aparecem na nona posição no ranking. A principal explicação para isso é a grande responsabilidade que esses profissionais precisam ter com as finanças dos clientes, onde uma única vírgula pode gerar grandes distorções e transtornos. Além disso, com um mercado que não pode ser manipulado, os resultados alcançados podem não ser satisfatórios para a empresa que contrata o serviço do contador, situação que, na maioria das vezes, não depende do profissional.
Aos 60 anos de idade e 42 deles dedicados à carreira de contador, o vice-presidente de Gestão do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Antônio Carlos Palácios, está descobrindo o caminho do meio para que as pressões do trabalho não afetem sua saúde. Antes disso, porém, vivenciou na própria pele as consequências das turbulências profissionais. Há dois anos, Palácios teve um infarto, o que evidenciou o ápice do esgotamento físico e mental que vinha sofrendo. "Nossa profissão é estressante porque ainda não é devidamente reconhecida pela sociedade e empresários", sugere o dirigente. "Como o contador não consegue mostrar para o cliente a importância e dificuldade desse trabalho, acaba sendo cobrado de forma desconexa em relação à sua efetiva carga de trabalho", acrescenta.
Palácios ainda destaca que, principalmente entre os iniciantes no ramo, é preciso acumular mais clientes do que a capacidade real de atendimento. Isso porque nem sempre o contador consegue negociar honorários suficientes para manter o negócio e valorizar seu trabalho. "Em função dessas questões, eu já tive infarto e todos os problemas relacionados ao estresse que se pode imaginar, mas tudo isso ensina que nenhum problema vale a pena, a ponto de pegar mais clientes do que tenho condição de atender", sentencia. Hoje, o contador está sempre atento ao volume de atendimentos, a fim de pisar no freio e cuidar da mente e do corpo.
A presidente da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), Ana Maria Rossi, explica que o nível de pressão, demanda e concentração exigidos na área contábil justificam a tese de que essa é das profissões mais estressantes e com potencial para deixar seus profissionais deprimidos. "É uma atividade que requer uma atenção muito grande, então, coloca a pessoa num nível de pressão o tempo inteiro, além de ser individual, não havendo muita interação", diz. "Isso seguramente tem um impacto nessa relação de trabalho da pessoa", completa Ana Maria.
Prevenção de doenças pode começar dentro da própria empresa
Um ambiente de trabalho pesado, muitas vezes, pode contribuir para aumentar o nível de tensão dos colaboradores. Nesse sentido, criar uma atmosfera descontraída, com distribuição equilibrada das tarefas, pode ser o segredo para manter a saúde mental dos funcionários. O presidente da ABRH-RS, Orian Kubaski, lembra que muitas profissões, como a própria contabilidade, contam com trabalhadores mais introspectivos, até pela necessidade de concentração na realização das atividades. Essas questões podem ser amenizadas pelo departamento de Recursos Humanos (RH) ou pelas lideranças das companhias e escritórios.
"A observação do comportamentos dos colaboradores pode antecipar muitos problemas, e com esse diagnóstico feito no início, a possibilidade de tratar é maior e com menos custos, então a intervenção tem que ocorrer antes de acender o sinal vermelho, que pode ser quando as pessoas já estão doentes", alerta Kubaski.
Para a presidente da Isma-BR, cabe às lideranças motivar a equipe e prevenir esse tipo de situação. Ana Maria Rossi salienta que a transparência na relação de trabalho é importante, e que os gestores devem conversar com seus colaboradores - principalmente sobre estresse e depressão - sem tom de cobrança. "O trabalhador precisa sentir-se confortável e confiar no seu gestor, é importante conversar", assinala. "Escritórios de contabilidade nem sempre têm setor de RH, então a pessoa não fica tão anônima para expor esse tipo de problema, então se não houver essa transparência com a empresa, ela pode se sentir ameaçada", completa.
Saber identificar e prevenir ajuda a evitar o problema
Constatada a presença mais expressiva de transtornos psicológicos no ambiente profissional, é importante que os trabalhadores saibam identificar os primeiros sinais de que algo está em desequilíbrio. Assim como acontece com as doenças físicas, tratar o emocional o quanto antes pode ser determinante para uma melhoria no desempenho corporativo e na qualidade de vida.
A falta de motivação para exercer as atividades cotidianas, normalmente, é um dos primeiros sintomas. "Há diversos indícios, que começam devagar e vão se agravando, o primeiro é a falta de energia, a pessoa deixa de ter prazer nas coisas que tinha, como um happy hour ou um jogo de futebol após o trabalho", exemplifica a presidente da Isma-BR, Ana Maria Rossi. Mudanças nos hábitos alimentares, causadas por excesso ou falta de apetite, também são considerados sintomas.
A coordenadora do instituto de Psicologia Social Pichon-Rivière, Nelma Campos Aragon, acrescenta que é normal, para toda e qualquer pessoa, sentir vontade de não sair da cama para trabalhar de vez em quanto. Mas é preciso se atentar para quando essa sensação começa a fazer parte da rotina, o que pode sinalizar a ocorrência da depressão. "Isso acontece com todo mundo, mas, quando a situação se repete, é preciso ter cuidado, além de sinais como irritação excessiva, nesses quadros, também começam as insônias", afirma.
Nelma ainda elenca que crises de ansiedade frequentes podem ser outro alerta do organismo para sinalizar a depressão. Ela relata que, em alguns casos, os pacientes queixam-se de dores físicas, que também estão relacionadas a quadros depressivos.
Competitividade e falta de motivação são determinantesApesar de a depressão também ser desencadeada por fatores genéticos ou pessoais, o excesso de atribuições e a rotina no ambiente de trabalho podem favorecer seu desenvolvimento. Um local desmotivador, com pouco ou nenhum reconhecimento e feedback aos colaboradores, pode fazer com que os profissionais se frustrem e, em algum momento, entrem em depressão. O mesmo pode ocorrer com quem está com mais atividades do que pode suportar. Pesquisa da Isma-BR aponta que 42% dos trabalhadores no Brasil vão passar por um quadro depressivo ao longo da trajetória profissional, dos quais 12% devem reincidir na doença.
A coordenadora do Instituto de Psicologia Social de Porto Alegre Pichon-Rivière, Nelma Campos Aragon, lembra que os ambientes corporativos são, em geral, muito competitivos. A esta configuração, que já agrega um fator de pressão, soma-se também a alta expectativa que os profissionais impõem a si próprios. Há um descompasso entre o que os trabalhadores desejam oferecer à empresa e aquilo que, de fato, podem realizar. "As pessoas sentem-se devendo e nunca alcançam aquilo que acham que deveriam ou gostariam de alcançar. No mundo do trabalho, vemos um volume de demandas, em todas as áreas e atividades, muito maior do que as pessoas conseguem realizar no tempo definido", explica Nelma.
Para o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Rio Grande do Sul (ABRH-RS), Orian Kubaski, pode ser chavão falar em competitividade. Para além das obviedades do mercado, entretanto, é preciso lembrar que, a busca de maior produtividade em menor tempo ou com menos recursos, incide diretamente na rotina dos trabalhadores. De acordo com ele, todas as áreas da economia vivenciam essa situação, procurando, ainda, diferenciais em relação à concorrência.

Fonte: JC-RS